O elogiadíssimo "MED MEX - ESTRADA DA FÚRIA", na verdade um remake da trilogia estrelada por Mel Gibson, está de volta. Foi aplaudido várias vezes no Festival de Cannes e está sendo considerado por alguns críticos um grande acontecimento do cinema se filmes de ação, inclusive, deixando alguns lançamentos da década no chinelo, mesmo dirigido por um setentão. Veja abaixo o que diz Roberto Sadovski que é jornalista e crítico de cinema. Por mais de uma década, comandou a revista sobre cinema "SET":
"Mad Max: Estrada da Fúria me deixou fisicamente esgotado. Logo de cara: você precisa ver o filme de George Miller no cinema com a tela mais gigante e o som mais estrondoso. Segundo, você precisa ver o filme. Simples assim. Poucas vezes expectativa e realidade se encontram com harmonia tão brutal. A volta de Max Rockatansky para os cinemas três décadas depois de Além da Cúpula do Trovãofaz com que todos os filmes de ação pelo menos da última década pareçam um curta metragem amador de estudante de cinema. No jogo do cinemão atual, ninguém opera no mesmo nível de George Miller, o que é impressionante se considerar que ele não faz um filme live action há dezessete anos – este sendoBabe: O Porquinho Atrapalhado na Cidade. A verdade é que TODO diretor de cinema de ação (ou não) deve sair de uma sessão de Estrada da Fúria não só revendo seus conceitos, mas também preocupado em reaprender tudo que ele acha que sabe sobre cinema, narrativa e pura energia cinética.
Já é um assombro um diretor já em seus 70-e-poucos anos deixar a molecada no chinelo. Mas que ele ressurja com uma aventura tão complexa, tematicamente profunda e completamente original, respirando ousadia, transbordando ideias e querendo sempre ir além é para aplaudir de pé. Nada em Estrada da Fúria é uma repetição do que foi mostrado com o personagem em seus três filmes anteriores. O primeiro, de 1979, é um ensaio para a ópera de fúria e destruição que praticamente inventou o cinema pós-apocalíptico moderno em 1981. Estrada da Fúria consegue ir além, equiparando-se ao brilhante Mad Max 2: A Caçada Continua, que ainda é uma das experiências mais ousadas e criativas que o cinema já ofereceu, para ampliar seu escopo e sua ambição, desenvolvendo com mais precisão o mundo desolado habitado por Max e mostrando um vislumbre de como este mundo se reergueria social e espiritualmente."
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