Você já deve ter visto por aí uma imagem ou vídeo de Regina Casé, magrinha, com uma peruca de Tina Turner. TV Pirata? Poderia ser, mas não. É a personagem dela, Tina Pepper, na novela “Cambalacho”, de Silvio de Abreu, clássico da década de 80 que o canal Viva traz de volta, em agosto.
A personagem é uma das mais icônicas da galeria de tipos que a nossa Teledramaturgia já apresentou. Tina Pepper, ou melhor, Albertina Pimenta, era uma suburbana metida a gostosa que sonhava em ser uma cantora famosa. Achava que cantava e era fã de Tina Turner, que fazia muito, mas muito sucesso lá pelos meados dos anos 80. Tina, a Pepper, depois de muita artimanha, alcança o estrelato com o hit “Você Me Incendeia”, que chegou a apresentar no “Cassino do Chacrinha”.
Além de Tina, “Cambalacho” tinha a dupla de trambiqueiros Naná e Gegê,Fernanda Montenegro e Gianfrancesco Guarnieri, que aplicavam pequenos golpes para dar de comer a uma prole de crianças abandonadas. Naná se descobre herdeira de uma fortuna e tem que lidar com a perigosa Andréia Souza e Silva, viúva do pai rico que ela nem sabia que tinha. Natália do Valle também fez muito sucesso como a pérfida vilã, cujo tema musical repetia à exaustão “Perigoooooosaaaaaaaaaa!”.
Exibida em 1986, com uma reprise no “Vale a Pena Ver de Novo” em 1991, “Cambalacho” foi um daqueles momentos felizes de nossa televisão, onde tudo atingiu a tônica certa: uma mistura certeira de dramalhão folhetinesco com a comédia mais rasgada que Silvio fazia tão bem no horário das sete naqueles tempos (em que não existia internet, ou redes sociais, tv a cabo, etc).
No elenco, também Susana Vieira, Cláudio Marzo, Edson Celulari, Débora Bloch, Consuelo Leandro, Oswaldo Loureiro, Rosamaria Murtinho, Roberto Bonfim, Emiliano Queiroz, Flávio Galvão, Louise Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, Marcos Frota, Fábio Sabag, Jacqueline Laurence, Paulo César Grande, Maurício Mattar e outros.
O repeteco de “Cambalacho” atende a um velho pedido dos fãs do Viva: reprises de novelas mais, mais antigas. Volta dia 24 de agosto, às 14h30 (horário alternativo 1h45) em substituição a “Pedra Sobre Pedra”.
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