A TV Bahia, dentro do “Jornal da Manhã”, está
exibindo uma série sobre o destino do lixo nos municípios baianos. É triste
saber que, mesmo com regulamentação específica, nada é feito para, ao menos,
reduzir os lixões a céu aberto. A reportagem do dia 08/04/2015, mostrava, além do
grande impacto ambiental, pessoas residindo em barracos na mais extrema miséria,
em meios a porcos, urubus, ratos, baratas e cachorros, inclusive, lamentavelmente,
uma senhora idosa, ao ser entrevistada, chegou a dizer que estava “feliz” ali.
Não há notícia de coleta seletiva de lixo no interior baiano. Os prefeitos
jamais se importaram com isso. Primeiro começa em casa, todo tipo de lixo
misturado em um só recipiente, seja vidro, plástico, resto de comida, enfim,
uma bomba ambiental e, depois, há anos, são depositados em terrenos baldios,
afastados dos centros, sem a menor restrição de preservação. É assustoso a
quantidade de lixo produzido cumulativamente pela população. A Bahia possui 359 lixões a céu aberto, apenas 57
aterros e uma única unidade de compostagem e reciclagem, de acordo com estudo
realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), realizado em 2011.
Aproveitando o assunto, fiquei impressionado quando vi uma foto da praia de
Ipanema no Rio de Janeiro, cartão postal da cidade, completamente coberta de
lixo após um dia inteiro de laser promovido pelos freqüentadores. Recentemente
estive em Natal, Rio Grande do Norte, capital belíssima, ocasião em que, freqüentei
a praia de Ponta Negra, onde, ao final do dia, mesmo com funcionários da
prefeitura realizando coletas e fazendo a limpeza de hora em hora, era
absurdamente a quantidade de lixo deixado pelos banhistas. Eu vou mais longe,
tive a oportunidade de ler uma reportagem sobre lixo deixado pelos montanhistas
que escalam o Everest, as fotos são impressionantes. Até que, em alguns órgãos,
escolas, clínicas, etc, ainda se vê aqueles lixeiros coloridos os quais verde
(vidro), vermelho (plástico), amarelo (metal) e azul (papel), mas, Infelizmente
não existem campanhas educativas e municipais para conscientizar a população
sobre a importância da coleta seletiva e do risco a população. Não adianta eu
começar em casa se a prefeitura de minha cidade não faz o papel final. Enquanto
isso, doenças proliferam, rios, praias e lagos são poluídos desenfreadamente,
mesmo com a austera crise da água e o infortúnio sem fim avança décadas e
décadas.
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