quinta-feira, 16 de abril de 2015

BABILÔNIA OU UMA TORRE DE BABEL


A novela "Babilônia" já está sendo considerada o pior desastre televisivo da história. Mesmo liderando o horário nobre, nunca, uma produção global chegou a índices de audiências tão baixos. São vários os fatores que contribuíram para isso acontecer: o excesso de maldades, o beijo gay entre as atrizes idosas, o boicote para ninguém assistir, outras opções como "Os dez mandamentos" na Record e "Carrossel" no SBT. Mas esta não é a primeira vez que a emissora carioca, que liderou décadas e décadas, levou um tombo. Em 1990 a extinta TV Manchete balançou a estruturas da "vênus platinada" quando lançou a novela Pantanal. Sucesso absoluto de audiência na época e coincidentemente no ano de aniversário da Globo que comemorava seus 30 anos com a estréia de "Rainha da Sucata" cujas chamadas, com a voz inconfundível do Dirceu Rabelo, diziam: "Para comemorar o aniversário da Globo, o maior elenco já reunido!". Em 1998 a Globo levou outro tombo com a novela  Torre de Babel, que, coincidentemente, assim como "Babilônia", tem um título bíblico como tema, e foi lançada com o slogan de “forte, verdadeira, emocionante”. Tão forte que afugentou os telespectadores, não acostumados a ver no tão tradicional horário das oito, tanta violência e temas fortes, como drogas, assassinatos frios, violência dentro do lar e homossexualismo feminino. Silvio de Abreu foi obrigado a mudar toda a estrutura da história para reconquistar o público que havia trocado de canal. E até que acabou conseguindo: a novela que despencou no Ibope na primeira fase, conseguiu ótimos índices na fase final. Até o tema de abertura foi mudado. Saiu a retumbante música instrumental, e entrou a suave Pra Você, interpretada por Gal Costa. Em todas as situações desembaraçosas a Globo, com a vasta experiência que tem, única e imbatível, sem dúvida alguma, soube sobressair o que deve ocorrer com "Babilônia" que só tem um mês de exibição. É esperar pra ver.


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